24/02/2015 9h59

Fábrica da Camila deve reabrir em março deste ano

A previsão de funcionamento pleno da Unidade de Beneficiamento de Leite da CPLA é para abril de 2016

Fábrica da Camila que será reativada

A reabertura do antigo parque industrial da Camila, em Batalha, pode acontecer antes do que se imagina. A previsão de funcionamento pleno da Unidade de Beneficiamento de Leite da CPLA é para abril de 2016.

Mas a indústria deve começar a operar, na sua primeira frase, que prevê a produção de leite pasteurizado, já em março deste ano, explica o presidente da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro,

“Fizemos todos os investimentos necessários, recorrendo inclusive a financiamento, para deixar a fábrica em condições de operação. Até o final de março poderemos iniciar o beneficiamento de 40 mil litros de leite pasteurizado. Para isso, estamos esperando apenas que o governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura, aumente o programa do leite em Alagoas”, explica Monteiro.

A CPLA apresentou proposta ao governo de ampliação do programa do leite, dos atuais 80 mil para 120 mil litros de leite por dia. “Esse aumento pode vir inclusive de outros setores, como Saúde, merenda escolar ou prefeituras. Se o governo garantir a aquisição do leite, teremos condições de reabrir de imediato a indústria, gerando emprego e renda na região da bacia leiteira”, adianta o presidente da CPLA.

O setor leiteiro de Alagoas enfrenta, atualmente, uma crise que afeta os produtores de leite: “os grandes laticínios de outros estados deixaram de comprar leite em Alagoas, de repente e sem aviso. Com isso houve um excesso de produção, que prejudicou toda a cadeia produtiva. Com o aumento do programa do leite, o governo além de atender um número maior de famílias carentes também beneficiará diretamente os agricultores familiares e, por tabela, todo o setor”, explica Monteiro.

Expansão

De acordo com Fábio Teles, consultor da CPLA, desde maio de 2014 a cooperativa desenvolveu o projeto básico e já conseguiu recursos através de emenda parlamentar para aquisição de equipamentos para reativação da fábrica.

A primeira linha de produção, que faz parte da primeira etapa do projeto, com início previsto para março de 2015, irá produzir leite pasteurizado. A segunda fase, prevista para abril de 2016, será a de produção de em pó, leite condensado e doce de leite entre outros produtos. A terceira etapa, prevista para dezembro de  2016, adianta será a de produção de leite UHT.

Segundo a previsão do projeto, até junho deste ano será divulgado o processo de licitação de equipamentos para concentração de soro de leite, secagem e linha de produção. “O nosso desafio é a partir da 4ª etapa implantar a nanofiltração, ou seja, a filtração do soro para produção de alimentos ultracêuticos, utilizando proteínas do soro do leite para recomposição da massa muscular e outros produtos”, reitera Fábio.

Com a operação da Usina, o impacto econômico para o produtor, segundo estudos do projeto, pode chegar a triplicar os rendimentos. “Se hoje, no Programa do Leite, pelos 19 litros o produtor recebe cerca de R$ 660,00 , vendendo mais 32 litros, ele vai passar a ter renda beirando os R$ 1.800. A gente trabalha com a produção excedendo 80 mil litros, tendo em vista que 4069 produtores têm volume excedente médio de 32 mil litros”, explicou o consultor da CPLA.

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