02/01/2015 10h01

Renan Filho assume governo e prega união por Alagoas

Discurso de unidade fora feito na posse ocorrida na Assembleia Legislativa de Alagoas

Governador Renan Filho fazendo juramento no momento de sua posse na Assembleia Legislativa de Alagoas

Um chamamento à união por Alagoas. Esse foi a base do discurso do governador Renan Filho, nesta quinta-feira (1º), ao tomar posse na Assembleia Legislativa, ao lado de seu vice, Luciano Barbosa, para o mandato à frente do Governo do Estado. A cerimônia, iniciada às 14h30, contou com a presença de representantes dos três Poderes e do Ministério Público.

Conduzida pelo deputado estadual Fernando Toledo, a cerimônia contou ainda com os presidentes do Tribunal de Justiça de Alagoas, José Carlos Malta Marques (atual) e Washington Luís (eleito), o presidente do Tribunal de Contas do Estado Otávio Lessa, o prefeito de Maceió Rui Palmeira, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Eustáquio Martins e dos deputados estaduais Marcelo Victor, Jota Cavalcante e Antonio Albuquerque.

Ante a representatividade e também imbuído pelo caráter democrático da Casa Tavares Bastos, sede da Assembleia, o governador fez um chamado a todos os Poderes e aos alagoanos: “Espero que o debate político encontre novos caminhos para resolver velhos problemas da nossa população”. Em seguida, destacou: “Este chamado à união, fraternal e sincero, eu o faço em nome de um valor humano, o mais alto deles, a maior conquista do mundo civilizado – a democracia”.

 

Números preocupantes

Esse esforço conjunto proposto, segundo o governador, faz-se necessário para o enfrentamento a números preocupantes relativos a quadros sociais e de desenvolvimento do Estado. Renan Filho apontou a taxa de desemprego de Alagoas como a segunda maior do Nordeste e a terceira do Brasil; e o Estado ser o último do país no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o indicador de qualidade de vida da população, medido pelo IBGE. Na educação, mais uma frente de luta: “Temos 21,6% de analfabetos. É o pior desempenho entre todos os Estados”. Mudanças também são necessárias na saúde: “Alagoas é o estado que menos investe em saúde no Brasil, com apenas R$ 0,57 por habitante por dia”.

No entanto, de acordo com o novo chefe do Executivo, o momento agora não é de acusações. “A História desses 200 anos (resumida no discurso) nos mostra que essa situação em Alagoas não vem de hoje, ela começou lá atrás, foi um processo que veio desaguar aqui. E não há como mudar o passado. Por isso não procuro culpados. Vamos trabalhar com o que temos, unir nossas forças e buscar o que falta”, salientou.

Entre as ações destacadas na organização da máquina administrativa, o governador adiantou: “Já é sabido que meu governo vai cortar cargos comissionados e diminuir o número de secretarias, reduzir a despesa com a folha de pessoal. Mas precisamos fazer mais”. Acrescentou: “Temos que eliminar desperdícios, erradicar gastos injustificados, criar uma cultura de austeridade completa e buscar ganho de eficiência”.

Renan Filho não esqueceu do papel decisivo do Governo Federal e da bancada de deputados e senadores alagoanos, em Brasília, para a construção de um novo cenário. “Me permito uma dose a mais de otimismo, porque tenho o apoio decisivo da presidente Dilma. Esse será o principal caminho para articular as necessidades de Alagoas com os investimentos que o Estado precisa”, concluiu.

Na trajetória política, Renan Filho lembrou seu mandato como deputado federal, nos últimos quatro anos, e prefeito da cidade de Murici, sua terra natal, por dois períodos.

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