09/12/2014 10h36

Secretário afirma que atual gestão é um marco na saúde pública de AL

Investimentos na regionalização da saúde pública e fortalecimento da Atenção Básica melhoraram o atendimento à população

Mais investimentos nos hospitais do Estado ampliaram e melhoraram o atendimento

 Mary Wanderley

O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Jorge Villas Bôas, fez um balanço esta semana, em entrevista à Rádio Educativa, dos avanços e desafios enfrentados pela atual gestão, no tocante à pasta, e assegurou que o Governo de Teotonio Vilela foi o que mais investiu na saúde pública de Alagoas.

Villas Bôas citou, entre as conquistas dos últimos oito anos, o fortalecimento da Atenção Básica – porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a regionalização dos serviços prestados à população, evitando a sobrecarga dos hospitais públicos, a exemplo do Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com ele, o orçamento da saúde aumentou em mais de 107% de 2007 para 2014 e um dos maiores investimentos se deu na Atenção Básica, que ganhou 65 unidades de saúde com recursos exclusivos do Tesouro Estadual. “Este é o governo que mais transferiu recursos. Foram em torno de R$ 12 milhões por ano para melhorar a Atenção Básica. Antes do Governo de Teotonio Vilela, não se transferia R$ 1 para os municípios”, comparou o titular da Sesau.

Segundo ele, cabe aos municípios qualificar o atendimento nas unidades de saúde como estratégia para prevenir a saúde da população, evitando que o problema agrave e evolua para internação hospitalar, onerando o poder público e trazendo mais sofrimento para o usuário. “No mínimo 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos na Atenção Básica. Cabe ao município executar o trabalho com eficiência e ao Estado o apoio técnico e financeiro”, ressaltou.

Novo perfil do HGE

Sobre os investimentos no HGE, o secretário afirmou que com o aumento no número de leitos da antiga Unidade Armando Lages, que era 147, o HGE passou para 390, bem como a aquisição de novas alas, especialidades e equipamentos modernos. Villas Bôas disse ainda que o governo investiu – com recursos do Tesouro Estadual – em mais de 200 leitos de retaguarda em hospitais parceiros do SUS.

De acordo com ele, o atendimento adequado na Atenção Básica evita complicações da saúde de hipertensos e diabéticos, por exemplo. “A mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) ainda é elevada no HGE por causa da pressão alta que não é controlada na unidade de saúde”, explicou.

Segundo ele, o fim dos corredores superlotados no HGE, nos últimos meses, é um dos maiores legados que o governador Teotonio Vilela deixa para a sociedade. Villas Bôas destacou o empenho da equipe da instituição em uma gestão hospitalar eficiente, mudando o perfil do hospital. A taxa de ocupação mensal do HGE era de 160% e foi reduzida para 90%.

“A história vai mostrar o que este governo fez pela saúde pública de Alagoas. O mérito pelas conquistas alcançadas é de todos os que fazem a saúde do Estado”, salientou o secretário da Saúde, citando ainda entre as conquistas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que é referência nacional com 100% de cobertura.

Regionalização dos serviços

Outro avanço, na opinião de Villas Bôas, se deu com o fortalecimento das dez regiões de saúde do Estado, ou seja, a regionalização dos serviços, desafogando os hospitais, sobretudo os de Maceió e Arapiraca. Entre os municípios polos que se fortaleceram com as ações de saúde estão Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Coruripe, Palmeira dos Índios e Porto Calvo.

“Outro legado que Teotonio Vilela deixa é a redução da mortalidade infantil, dando a Alagoas o prêmio do Unicef como o Estado que mais registrou redução nos últimos 20 anos. No Governo atual esta diminuição foi de 36%”, destacou. A inauguração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Penedo, Palmeira dos índios, Marechal Deodoro e Viçosa são outro avanço da atual gestão.

UPAs

Serão entregues até o fim do ano as de Delmiro Gouveia, Maragogi, e São Miguel dos Campos  e duas em Maceió. “As UPAs são financiadas pelo governo federal, com participação do Estado na construção delas, cabendo ao município apenas mantê-las. Cinquenta por cento do custeio dessas unidades vêm do governo federal; 25% do Estado e 25% do município”, afirmou.

Os projetos da construção de Centros de Referências Regionais em Maceió, Palmeira dos Índios, Arapiraca e Porto Calvo já estão prontos para serem executados. A ideia é aumentar o acesso da população a consultas e exames especializados. “Esperamos que o próximo Governo também coloque este projeto em prática e, com isso, possa diminuir a fila de espera e, consequentemente, as internações hospitalares”, enfatizou.

O Executivo também investiu em outros setores relevantes para o usuário do SUS, a exemplo da compra de medicamentos para a Assistência Farmacêutica. “Há pactuação em nível nacional com as três esferas de governo para a aquisição de medicamentos”, concluiu o secretário.

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