17/11/2014 15h19

‘As quatro dívidas do governo da presidente Dilma Roussef para com Alagoas’, segundo o governador Teo

Alto encargo da dívida estadual, não recuperação de ferrovia, paralisação da duplicação da rodovia BR 101 e atraso na licença ambiental do estaleiro

Teotonio Vilela Filho enumera quatro eixos pendentes como dívidas do Governo Federal para com o povo alagoano

Valdi Junior/VALOR MERCADO

No retorno da viagem com o governador Teotonio Vilela Filho, na última quinta-feira, 13, à Santana do Mundaú, para a entrega de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para a população, esse jornalista perguntou sobre o relacionamento da atual gestão para com o Governo Federal, no mandato da presidente Dima Roussef, ele foi taxativo: “bom, respeitoso, mas poderia ter avançado em quatro eixos inerentes ao desenvolvimento do Estado”. São eles: “alteração no índice de correção de juros da dívida do Estado, continuidade da duplicação da rodovia BR 101, recuperação e interligação da ferrovia que corta o Estado com Suape e  a ferrovia Transnordestina (em construção) e demora na liberação da licença ambiental de instalação do estaleiro em Coruripe”.

Continuou o governador: “Obras estruturantes relevantes que não foram tiradas do papel por mais problema de gestão do governo da Dilma, do que por questões políticas”.

Os quatro eixos enumerados pelo governador caso tivessem sido colocados em prática, o crescimento socioeconômico de Alagoas teria ainda sido mais expressivo e contribuído para maior alta do Produto Interno Bruto (PIB), que, conforme o último  resultado, PIB de 2012, alcançou o volume de R$ 29,5 bilhões.

1) a mudança no índice da correção dos juros da dívida de IGP-DI para IPCA (aprovada recentemente no Congresso Nacional) permitirá ao futuro uma economia superior a R$ 1 milhão/mês. Para um estado pequeno como Alagoas é bastante significativo essa redução nas despesas. Hoje, o tesouro estadual paga mensalmente R$ 50 milhões à União.

2)paralisação das obras de duplicação no trecho que corta Alagoas afeta a economia, pois, atrasa o desenvolvimento regional, como o setor de turismo.

3)a reconstrução da ferrovia que corta Alagoas e a construção de interligação com o Porto de Suape e a futura Transnordestina deixa o Estado isolado para com os eixos intermodais de interligação para com outras regiões, a exemplo do Centro-Oeste, e, o porto pernambucano, considerado um hub porto, pela sua ampla estrutura, afetando a competitividade dos setores do agronegócio e industrial.

4)por último, o atraso na concessão da licença ambiental pelo Ibama para a construção do estaleiro em Coruripe, abrindo um horizonte promissor da indústria naval e metalmecânica, o que tirou o Estado de acompanhar o desenvolvimento de outras, a exemplo de Pernambuco (com os estaleiros Atlântico Sul e Promar) e da Bahia (estaleiro Paraguaçu), construídos, respectivamente, em área de mangue e de uma APA (Área de Proteção Ambiental). Com Alagoas, foram muitos entraves e já vieram liberar depois de todo o mundo, embora fosse um dos primeiros.

Esses quatro eixos, assim denominados pelo governador Teotonio Vilela Filho, representam a dívida do governo da presidente Dilma Roussef para com o povo alagoano. Disse ainda mais: ” propaga-se que o Governo Federal ajudou o Governo de Alagoas. É verdade. Mas, deu com uma mão e tirou com a outra. Por quê? Porque, o dinheiro retido para a dívida do Estado nos últimos oito anos é a soma do total investido por Brasília em Alagoas. Então, não devemos nada”.

 

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