Centro de Xingó passa a ser referência na criação de aves e ovinocaprinos

O Centro Xingó de Convivência com o Semiárido inaugurado semana passada na cidade de Piranhas pelo Estado recebeu o 1º Curso Internacional de Convivência com o Semiárido, iniciado no dia 17 de setembro. O programa se estenderá até o dia 3 de novembro.

O curso subdivide-se em quatro módulos. Módulo I – Tecnologias Sociais e Práticas Inovadoras para a Convivência com o Semiárido; Módulo II – Inclusão Produtiva em Regiões Semiáridas; Módulo III – Meio Ambiente e Mudanças Climáticas e Módulo IV – Trabalho  de Conclusão de Curso a ser apresentado pelos 34 participantes inscritos.

Inaugurado pelo governador Teotonio Vilela e o secretário de Estado do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, o Centro Xingó possui estrutura física e atividades de pesquisa, extensão e suporte a programas de apoio ao produtor. O espaço foi projetado para ser uma referência para a agricultura do semiárido, através do desenvolvimento de pesquisas e estratégias para auxiliar os produtores a conviver com a seca, ao invés de combatê-la.

O espaço conta com 70 hectares e é composto por salas de aula, auditório, alojamentos, refeitório, casa camponesa, criadouros de ovinos, caprinos, aves, sistemas de irrigação e armazenamento de água, para mostrar que o produtor tem inúmeras possibilidades produtivas que podem ser aplicadas em sua propriedade. “No primeiro momento, quando foi extinto o Instituto Xingó, imediatamente procuramos a Chesf, fomos atendidos e imediatamente houve a transferência do imóvel. Não tivemos um centavo de gasto. Nossa equipe da Seagri trabalhou muito até que ficasse pronto para ser entregue aos produtores”, afirmou Marinho.

Parcerias

O projeto de construção de um espaço que se tornasse um abrigo de todos os agricultores do semiárido se deu através de uma parceria entre o Governo de Alagoas e a Secretaria de Estado da Agricultura que firmou um acordo de cessão do imóvel, pertencente à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), onde funcionava o Instituto Xingó.

O espaço foi construído para sanar a dívida social que a companhia tinha para com as famílias da região, após a construção da Hidrelétrica do São Francisco e desativação do Instituto Xingó, que deixou mais de 4 mil produtores sem apoio.

Foram feitas parcerias com o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), que trabalha com desenvolvimento de projetos para preservação do meio ambiente que trouxe a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). Através do Fundo de Cooperação para a Água e o Saneamento, a AECID forneceu o recurso para a construção do espaço.  A  Chesf e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) também são parceiros do projeto. Essas empresas integram o Comitê Gestor, que organiza, controla e traça metas de expansão e desenvolvimento para o novo Centro Xingó.

Além dessas empresas, o Centro Xingó de Convivência com o Semiárido recebeu o apoio ainda do Sebrae, Universidade Federal do Cariri, Universidade Politécnica de Madrid, Prefeitura de Piranhas, Ministério do Meio Ambiente e Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – Codevasf.

Protagonistas nos Processos de Convivência com o Semiárido”, dentre outros. Além do IABS e Seagri, IICA, Sebrae, Universidade Politécnica de Madrid, o evento contou com palestras ministradas por representantes do Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração e RedeSan. O evento aconteceu nos dias 15 e 16 de setembro, nas dependências do Centro Xingó de Convivência com o Semiárido.

O Centro Xingó de Convivência com o semiárido é uma realização do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, em parceria com o Instituto Brasil Sustentável, a Agência Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, o Sebrae, a Universidade Politécnica de Madrid, o Ministério do Meio Ambiente, o Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, Universidade Federal do Cariri e a Prefeitura de Piranhas.