13/05/2014 13h44

Custo de vida em Maceió apresenta crescimento e preço da cesta básica cai

Medicamentos e despesas pessoas puxaram o aumento além da variação de preços dos produtos nas gôndolas dos supermercados

Custo da cesta básica ainda compromete mais de 1/3 do salário

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou mais uma pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), na última segunda-feira (12). No mês de abril, o estudo apontou um aumento no custo de vida da população alagoana, com variação de 0,4% em relação ao mês anterior.

Segundo os dados, o aumento de preço de alguns produtos e serviços dos grupos de saúde e cuidados pessoais (1,07%), despesas pessoais (0,53%) e vestuário (0,52%) foram a principal razão para a variação positiva do IPC neste mês. Medicamentos (3,43%), camisetas masculinas (0,93%), vestidos (0,98%), além de gastos com costureira (5,97%) e serviços bancários (2,02%), foram os principais itens relevantes desses grupos.

“Todo ano, no mês de abril, a Agência Nacional de Saúde promove um reajuste nos preços dos medicamentos, o que contribuiu para a inflação do grupo de saúde neste mês. Já o aumento do preço de algumas peças de roupas se deve à chegada da nova coleção outono-inverno de 2014”, explicou o gerente do IPC da Seplande, Gilvan Sinésio.

O grupo de transportes, cuja inflação no mês anterior havia sido de 3,02%, em decorrência do aumento da tarifa de ônibus, teve uma pequeno aumento no mês de abril, com variação de 0,09%. Apesar disso, para Gilvan Sinésio, uma baixa inflação registrada em grupos como transportes e alimentação e bebidas (0,42%) é suficiente para pesar no orçamento dos consumidores que recebem entre um e oito salários mínimos.

“Alimentação e transporte são os grupos mais relevantes no cálculo do custo de vida da população, uma vez que correspondem, respectivamente, a 21,19% e 17,85% da participação do orçamento”, esclareceu.

 

Cesta Básica – Segundo a mesma pesquisa, a cesta básica apresentou uma variação negativa de 0,07% em abril, em relação ao mês anterior. A compra dos itens básicos de alimentação comprometeu 35,35% do salário mínimo, o equivalente a R$ 255,92. A variação corresponde à queda de -0,21% no preço da cesta.

Desta vez, o principal vilão foi o grupo dos tubérculos, raízes e legumes (3,10%), com destaque para o tomate (6,16%). Segundo Gilvan Sinésio, a razão se deve às condições climáticas às quais o produto está submetido. “Com a estiagem dos últimos meses, houve uma queda na oferta do tomate, causando essa inflação. Além disso, o alimento é muito perecível por causa da quantidade de líquido que possui, fazendo com que se estrague facilmente se tiver com água em excesso ou em escassez”, explicou.

Apesar disso, a inflação do produto não foi suficiente para gerar aumento da cesta básica. A pouca variação sofrida por alguns alimentos, como o feijão (0%), a farinha de mandioca (0%), o pão francês (0,04%) e óleo de soja (0,06%), contribuiu para que o valor da cesta básica apresentasse uma queda neste mês.

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