27/11/2013 10h04

Índice de endividamento em Maceió cai 20% em novembro

Média de comprometimento da renda familiar está ideal pela primeira vez em 2013

Alagoano tem procurado saldar as dívidas

O Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) da capital alagoana caiu no mês de novembro. Segundo a análise do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), o IEC regrediu 20,1%, em novembro, comparando com o resultado de outubro, quando alcançou 75,2%. A queda para 60,1% do total dos consumidores pesquisados foi o melhor resultado observado em 2013, e considerado favorável para o comércio, já que falta apenas um mês para as festas de final de ano. A pesquisa foi realizada pela Confederação do Nacional do Comércio (CNC).

Considerando o limite prudencial de 30% da renda que deve estar comprometida com dívidas, a média da família maceioense conseguiu ficar, pela primeira vez no ano, dentro do limite prudencial (30,3%). As famílias que ganham mais de dez salários mínimos ficaram um pouco acima desse limite (31,4%).

Apesar do resultado positivo, o percentual de consumidores com dívidas atrasadas se elevou 18,5% em comparação com o resultado de outubro, quando 28,6% dos consumidores pesquisados possuíam alguma conta em atraso. Neste mês de novembro, o percentual cresceu para 33,9%. Já taxa de inadimplência, aumentou pelo segundo mês consecutivo. Em outubro, esta taxa registrou 8,2% de inadimplentes maceioenses, enquanto no mês de novembro subiu para 8,7%. 

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores da capital alagoana (86,3%). Seguido dos carnês de lojas (10,7%), financiamento de veículo (9,8%), financiamento de casa (7,7%), crédito consignado (6,1%) e crédito pessoal (5,4%).

As famílias com rendimento de até dez salários mínimos são as que mais utilizam e se endividam com cartões de crédito (86,5%). As dívidas com financiamento de carros são mais adquiridas pelas famílias acima desta faixa salarial (35,3%). 

ANÁLISE

Para o IFEPD, o nível de endividamento melhorou – possivelmente – pela utilização do décimo terceiro por parte dos consumidores para realizar compras à vista no lugar de assumir novas dívidas. Outro fator importante tem sido o alto custo financeiro do endividamento por causa das elevações sucessivas da taxa Selic por parte do Banco Central para controlar a inflação. “O consumidor já está consciente de que os custos financeiros dos empréstimos estão elevados nesse final de ano e tenta controlar o orçamento”, observou o professor de Economia da Ufal, Fábio Guedes.

De acordo com a análise, a elevação do nível de inadimplência deve-se também a esse último aspecto, pois o comprometimento da renda com pagamento de dívidas cresce em tempos de juros mais altos. “Entretanto, a queda do nível de endividamento cria uma excelente expectativa para as vendas de final de ano na capital alagoana”, pontuou Fábio.

Conforme o Instituto Fecomércio, o resultado para o mês de novembro favorece a capacidade de compra do consumidor maceioense neste final de ano. A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/.

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