13/11/2013 9h41

Governo reivindica mais pesquisas para Alagoas junto à Agência Nacional de Petróleo

Potencial petrolífero identificado em Sergipe pode gerar especulações sobre Alagoas, que possui características geológicas similares

Costa alagoana também apresenta sinais elevados da presença de hidrocarbonetos

Lívia Vasconcelos

A 12º rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai incluir 80 blocos para exploração terrestre de gás natural na bacia Sergipe-Alagoas, sendo 50 no território alagoano e 30 em Sergipe. Com a aproximação da data para a negociação, que deve ocorrer nos dias 28 e 29 de novembro, o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, reuniu-se na terça-feira (12), no Rio de Janeiro, com a diretoria da ANP para tratar de interesses do Estado nas questões de pesquisa e exploração.

Representando o governador Teotonio Vilela Filho, o secretário pleiteou um tratamento diferenciado para Alagoas, no que diz respeito às pesquisas e explorações que acontecem na bacia de segmentação Sergipe-Alagoas, já que nos últimos 30 anos apenas o Estado vizinho tem sido beneficiado com a exploração no campo marítimo, para petróleo.

“Por enquanto só temos exploração de petróleo em terra, mas é uma reivindicação antiga de Alagoas que essas pesquisas sejam estendidas. Nosso governo tem um planejamento a longo prazo, é uma preocupação garantir que futuras licitações desse tipo sejam feitas em Alagoas”, explicou.  O secretário refere-se à notícia da exploração de novos campos de petróleo no litoral de Sergipe, previstos para 2020.

O anúncio chamou atenção para Alagoas e, de acordo com o secretário adjunto de Energia e Recursos Minerais da Seplande, Jackson Pacheco, isso acontece por motivos pertinentes. “Os dois estados formam uma só bacia por apresentarem características semelhantes, que pode ser explicado pela mesma origem de separação”, explica.

Esse fator, para ele, corrobora a teoria de que a descoberta bastante promissora de petróleo em poço perfurado e offshore em Sergipe pode ocorrer também em Alagoas. “Essa descoberta só foi possível pela pesquisa maciça empregada na região. Com a confirmação dessa potencialidade, é mais do necessário que ela seja estendida para Alagoas”, ressalta Jackson.

A superintendente adjunta da ANP, Marina Abelha, destacou a intensidade de pesquisas destinadas para Alagoas, e garantiu que o campo é promissor. “Esperamos quem em 2015 o Estado de Alagoas seja contemplado com mais blocos para licitação, estamos acompanhando os índices”, declarou. Os diretores da ANP Helder Queiroz e José Gutman também estiveram presentes na reunião desta manhã.

12ª Rodada da Licitação da ANP - A licitação, que deve acontecer ainda no modelo antigo de concessão, abriga blocos que foram escolhidos para dar continuidade à exploração e produção de gás natural a partir de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais contidos nessas regiões. Dos 80 blocos colocados na rodada, 68 já estão com dados disponíveis, o que torna mais fácil a percepção por parte dos investidores.

O secretário Luiz Otavio Gomes ressaltou ainda os benefícios desses indicadores para o segmento no Estado e o modelo de concessão nesse caso. “Dentro desse quadro, teríamos novos investidores e o desenvolvimento de tecnologias e a geração de renda para o Estado. O modelo de concessão, diferente do que agora é empregado para o pré-sal, de partilha, se mostra mais eficiente para atrair o capital privado”, detalhou.

A 12ª Rodada da Licitação da ANP ofertará um total de 240 blocos exploratórios terrestres com potencial para gás natural em sete bacias sedimentares, totalizando 168.348,42 km2. A rodada foi autorizada pela Resolução no. 6 do Conselho Nacional de Política Energética, em junho deste ano.

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