19/08/2013 16h46

Convênio beneficia empresas do setor químico-plástico em Alagoas

Mais de R$ 1 milhão serão investidos em ações, melhorando a competitividade das empresas e profissionalizando a mão de obra local

Presidente da Fiea, José Carlos Lyra, defende as novas parcerias e novos investimentos

Laís Pita

Pequenas empresas e fornecedores do setor químico-plástico, além de 27 profissionais que trabalham com material reciclado serão beneficiados com um convênio no valor de R$ 1, 4 milhão, assinado nesta segunda-feira (19) durante a reunião plenária do Fórum Permanente da Cadeia Produtiva da Química e do Estado de Alagoas. O encontro aconteceu na Sala de Monitoramento e Controle de Metas da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento do Estado de Alagoas (Seplande).

O Governo de Alagoas, através da Seplande, o Sebrae, o Sindicato das Indústrias de Plástico e Tinta do Estado de Alagoas (Sinplast) e a Braskem foram as entidades que celebraram o convênio que objetiva promover ações para melhoria da qualidade e da produtividade na pequena indústria do setor e do reciclado de Alagoas. No total, 72 negócios serão beneficiados com o convênio.

“As ações pretendem atender as necessidades tanto das empresas, tornando-as competitivas nacionalmente. Será interessante para os trabalhadores, qualificando a mão de obra local, diminuindo os custos referentes à contratação de pessoal, como também para o setor de produção quanto os envolvidos com as manutenções nas empresas”, destacou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.

Ele explica que estão inseridas no convênio capacitações e consultorias específicas na área de termoplásticos, reciclagem e inovação tecnológica, além de ações na área de educação ambiental. “A ação também prevê a participação em eventos técnicos do setor para o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento dos processos produtivos nas pequenas empresas atendidas estão dentro do escopo do Projeto”, explica.

Com as ações que serão desenvolvidas através desse convênio, que tem prazo de execução de 36 meses, espera-se um aumento do volume de vendas brutos das empresas participantes do projeto, do número dos postos de trabalho nas empresas e um aumento do volume de matéria prima reciclada adquirida em Alagoas. Os resultados serão mensurados através de pesquisa realizada junto às empresas atendidas.

Programa de Reciclagem – “Diante do que a Cadeia representa hoje para o Estado, precisamos cuidar da imagem do plástico. Alcançamos uma dimensão e nos tornamos altamente perceptíveis, então precisamos nos preocupar com o descarte e o pós-consumo dessa matéria-prima”, foi com essa afirmação que o diretor de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, iniciou a apresentação do Programa de Reciclagem em Alagoas. O Projeto, que é uma parceria da Braskem e do Sebrae com as Cooperativas de Reciclagem, coloca o Estado de Alagoas em um status diferenciado.

De acordo com Milton, o que motivou a criação desse Programa foi a necessidade de contribuir para a melhoria gerencial e de aspectos ligados à gestão ambiental, a qualidade, saúde e segurança no trabalho de três cooperativas, entre elas a Cooperativa de Recicladores de Alagoas (Cooprel) e a Cooperativa de Catadores da Vila Emater (Coopvila).

Através do Projeto, empresas de pequeno porte, cooperativas e associações serão inseridas na Cadeia Produtiva de Reciclados Plásticos de forma sustentável nos negócios, do ponto de vista social e respeito ao meio ambiente. As cooperativas participantes do projeto vão receber treinamentos e consultorias na área técnica, cooperativismo, gestão empresarial e ambiental, entre outras. Ao final, 2.760 horas de capacitação serão realizadas, totalizando 22 capacitações.

Além disso, serão desenvolvidas propostas de trabalho para a participação das cooperativas no Cataforte – Negócios Sustentáveis em Redes Solidárias, programa lançado recentemente pelo Governo Federal que vai investir cerca de R$ 200 milhões para empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, possibilitando a inserção de cooperativas no mercado da reciclagem e a agregação de valor na cadeia de resíduos sólidos.

“Estávamos alheios a esse tema que cada vez ganha mais força. Sem dúvidas a partir desse projeto um novo ritmo está sendo dado à atividade de reciclagem”, afirmou Milton Pradines. Para estimular ainda mais a Cadeia de Reciclagem, o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico da Seplande e membro do Fórum, Keylle Lima, apresentou uma politica de incentivos fiscais para reciclagem do material plástico.

Entre os benefícios do cenário proposto pelo secretário, algumas conclusões: formalizar e estimular a formação de sociedade cooperativa; reduzir a sonegação fiscal, inclusive quando os resíduos são destinados a outro Estado; favorecer a transformação dos resíduos em outros produtos; e ampliar a geração de emprego e renda, por meio do fortalecimento da pequena e média indústria local.

Convidado pelo presidente do Sindicato das Indústrias do Plástico (Sindiplast), Wander Lobo, o diretor da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Anísio Coelho, esteve presente na reunião desta segunda-feira e afirmou que as ações do Fórum são modelos a nível regional e nacional. “O debate foi muito positivo, percebo que além de parceiros institucionais você trabalham de forma muito integrada”, afirmou Anísio.

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