08/11/2012 10h42

PIB de Alagoas cresce 8,1% no 1º semestre no ritmo da economia chinesa

Indústria e serviços foram os que mais contribuíram para o bom desempenho do Produto Interno Bruto alagoano

PIB de Alagoas apresentou bom resultado no primeiro semestre de 2012
Assessoria/Seplandes
A Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou, nesta quarta-feira (7), os dados da estimativa referentes ao segundo trimestre e ao acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas em 2012. Segundo o estudo, os setores de indústria e serviços apresentaram uma variação positiva em relação a 2011 e contribuíram para que Alagoas superasse o resto do País. Enquanto o Estado soma 8,1% no primeiro semestre, o Brasil apresenta discretos 0,6%.
De acordo o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, os dados são satisfatórios. “O resultado apresentado é de extrema importância e só comprova a eficiência das políticas voltadas para o desenvolvimento econômico implantadas no governo Teotonio Vilela Filho. A prospecção de novas indústrias e o investimento nos setores produtivos nos colocaram entre os estados que mais crescem não só no Nordeste, mas no Brasil inteiro e isso os números garantem”, enfatizou.
Entre os três setores que compõem o cálculo da estimativa trimestral do PIB, a indústria apresentou o maior crescimento, registrando uma variação de 14,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse valor também supera índices de estados como a Bahia (0,2%) e o Ceará (2,7%). O crescimento deve-se ao desenvolvimento da indústria da construção civil (16,4%) e da indústria de transformação (14,9%).
O economista da Seplande Roberson Leite relata que o alto desempenho da área industrial no primeiro semestre de 2012 se dá pela recuperação do setor químico, que enfrentou dificuldades operacionais nesse mesmo período em 2011. “Com essa retomada da indústria, tivemos um acréscimo no consumo de produtos como cimento (22,2%) na construção civil, além de uma participação mais acentuada também em produtos químicos (36,3%) e alimentos e bebidas (10,3%) na indústria de transformação, que é um dos subsetores mais influentes”, explica.
Em serviços, setor influenciado pelo desenvolvimento industrial, também foi constatado crescimento significativo de 6,2% contra 1,2% registrados no mesmo período do ano anterior. O aumento de transportes (12,2%), comércio (5%) e alojamento e alimentação (7,5%) são os responsáveis pelo feito. Um aumento de 19,2% foi diagnosticado no desembarque de passageiros, o que confirma a movimentação significativa no Estado.
Já o setor agropecuário apresentou decréscimo de -3,3% decorrente da forte estiagem enfrentada desde o ano passado, o que ocasionou queda na pecuária (-11,2%) e recuo na lavoura temporária (-5,4%). Apesar de negativa, a estimativa alagoana representa resultados menos críticos que outros estados do Nordeste, como o Ceará (-44,3%).
O superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande, Thiago Ávila, ressalta que esses números são referentes às avaliações feitas do segundo trimestre de 2012. “A tendência é de que o PIB final deste ano acompanhe essa lógica de crescimento. Talvez não tão alta, mas as estimativas mostram que, com o registrado até agora, o PIB de Alagoas vai fechar o ano com variação positiva”, garante.
“É muito importante ter acesso a esse tipo de indicador. Apenas alguns estados do Nordeste realizam o cálculo do PIB trimestral. Com ele, o Estado pode acompanhar a desenvoltura de suas práticas e dispõe de subsídios para avaliar o que está indo bem e o que pode ser melhorado. É uma chance de recuperação antes que todo o ano de ações seja desperdiçado”, ressalta o secretário Luiz Otavio Gomes.
Os dados referentes ao PIB acumulado de 2012 estarão disponíveis na íntegra no portal Alagoas em Dados e Informações (http://informacao.seplande.al.gov.br).

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