19/04/2021 10h24

Redução na mistura de biodiesel ao diesel deve afetar agricultura familiar alagoana, diz Unicafes

A medida,que foi determinada durante o 79º Leilão de Biodiesel, na sexta-feira,9, deve impactar no mercado e segmentos da agricultura familiar como a de produção de coco em Alagoas

Segmento da coconicultura prevê tempos difíceis com a redução da mistura do biodiesel ao diesel

A Federação Unicafes Alagoas esteve reunida nesta sexta-feira,16, com representantes das associações das  indústrias de biocombustíveis  para discutir a política de biocombustíveis na agricultura familiar e a extinção do Selo Biocombustível Social. Por determinação do Ministério de Minas e Energia (MME),  setor vai reduzir a mistura  obrigatória do biodiesel no óleo diesel de 13% (B13) para 10% (B10).

A medida,que foi determinada durante o 79º Leilão de Biodiesel, na sexta-feira,9,  deve impactar no mercado  e  segmentos da agricultura familiar como a de produção de coco em Alagoas. Segundo o diretor da Unicafes, Antonino Cardozo,  o momento é de incertezas, principalmente para o programa Selo Biocombustível que inclui produtivamente milhares de pequenos produtores.

“Esse percentual de 13% de biodiesel no diesel  fragiliza os municípios e o Estado, além e afetar a arrecadação  e  o setor pecuário. Fora que teremos mais poluição , já que o biodiesel é considerado combustível limpo”,  citou Atonino.

A  Federação alagoana está  se mobilizando junto a Unicafes Nacional para discutir a medida do Ministério de Minas e Energias   no Congresso Nacional. Um carta aberta foi entregue ao senador Fernando Collor  com intuito de solicitar uma audiência para apresentar a importância da manutenção da sistemática de Leilões de Biodiesel,  do Selo Biocombustível Social vigente e norma de  mistura de 13% (B13).

“Ao nosso olhar, com a queda no consumo de biocombustíveis  o agricultor perde mais  essa renda, além de todo o suporte de assistência técnica que o Programa nos oferece. Sabemos que a política prevê um adicional do biocombustível em até 15%. Essa é uma medida que vai até junho, correndo o risco de não mais avançar”, pontuou o presidente da Unicafes.

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