02/09/2014 9h33

Pesquisas apontam a Região do Agreste para produção de grãos

Extensionistas e agricultores participaram do II Dia de Campo

Agricultores conhecem plantio de milho na região de Arapiraca

Dezenas de extensionistas rurais e agricultores da Região Agreste e Baixo São Francisco, participaram na última semana, do II Dia de Campo sobre a produção de milho e feijão no Agreste alagoano. A ação foi promovida pela Diretoria de Pesquisa e Inovação do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e a Gerência Regional Agreste. O objetivo do Dia de Campo foi mostrar como se comportam algumas variedades e materiais de grãos, em região de sequeiro e com precipitação pluviométrica.

Na primeira exposição, o pesquisador da Emater, Manoel Henrique Cavalcante, mostrou os resultados de algumas variedades de milho Hibrido já validados em outras regiões do País. O estudo, que está sendo realizado na Fazenda Santa Bernadete, no Povoado Pé Leve/Limoeiro de Anadia, conta com 82 variedades de milho, e deve ser concluído em aproximadamente três anos.

“Pelos resultados preliminares podemos afirmar, com certeza, que o milho é uma cultura viável para Região Agreste. Em anos normais, mesmo com precipitações pluviométricas comum a região do Semiárido, temos uma boa produtividade”, destacou o pesquisador.

Para Manoel Henrique, o que deve ser observado são os tratos culturais. “É muito comum o agricultor da nossa região fazer adubação após 15 a 20 dias do plantio. Isso não traz resultados, o correto é fazer a adubação de fundação”, orientou o pesquisador da Emater.

Na segunda estação foi debatido como fazer uma silagem de milho, de forma que haja o menor desperdício possível de nutrientes para o animal. O extensionista da Emater, Adelmo Inácio Medeiros, enfatizou a importância da compactação adequada. “O armazenamento do silo de milho vai definir a qualidade e a preservação dos nutrientes do alimento. Um silo bem armazenado, por exemplo, não esquenta quando disposto aos animais e possui baixa acidez”, informou o extensionista.

Na última estação foi possível verificar a evolução de outro estudo tocado pela Emater, o teste de 25 materiais de Feijão Caupi. De acordo com o pesquisador da Emater, Edson Houly, estão sendo testados pelo segundo ano 14 materiais de ciclo normal e 11 de ciclo curto. O objetivo é avaliar o comportamento de produção, resistência a pragas e doenças na região. O mesmo experimento está sendo testado no município de Traipu, também no semiárido.

“Até o momento o que se pode observar é que os mesmos materiais plantados em Arapiraca e Traipu apresentaram resultados diferentes. Materiais bastante produtivos em Arapiraca apresentaram resultados bem baixos em Traipu. Porém os resultados finais para validação e definição das variedades devem sair com no mínimo cinco anos de estudos. Todo esse trabalho é para que possamos orientar o agricultor a melhor semente e o melhor produto, dando-lhes maior rentabilidade e qualidade de vida”, analisou o pesquisador.

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