21/02/2014 10h01

EMATER/AL se integra ao Grupo de Trabalho de combate à praga Helicoverpa armigera

No dia 06 de janeiro foi confirmada a existência da lagarta no Estado.

Profissionais técnicos debatem o estrago da Lagarto Helicoverpa

Pesquisadores e técnicos do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (EMATER/AL) participaram, durante toda a manhã da última quinta-feira (20) no auditório da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), de uma reunião solicitada pelo Fórum dos Secretários Municipais de Agricultura de Alagoas (FASA) sobre a incidência da praga Helicoverpa armigera em Alagoas. No dia 06 de janeiro foi confirmada a existência da lagarta no Estado.

O encontro começou com a apresentação da Gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Maria José Rufino, que relacionou os estados onde foi identificada a praga e as medidas recomendadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na oportunidade foi apresentado também o Plano de Supressão da Praga em Alagoas, formulado pela Comissão de Combate a Helicoverpa, composta pela Secretaria de Estado da Agricultura, Adeal, EMATER/AL, Embrapa, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Fetag-AL) e a superintendência do MAPA em Alagoas.

A superintendente de Assistência Técnica e Extensão Rural da EMATER/AL, Rita de Cássia Ferreira, que participou da reunião, informou que vai mobilizar todos as Gerencias Regionais do instituto e fazer um comunicado sobre as informações já coletadas pela Comissão. O objetivo é integrar a extensão rural no processo de identificação e convivência com a praga.

“Fomos informados que a confirmação sobre a existência da lagarta veio da Região Agreste, por isso, é por lá que vamos começar nosso trabalho de mobilização técnica. A grande preocupação atualmente é evitar que a praga se alastre e para isso teremos que fazer uma força tarefa Estado, Municípios e Governo Federal. O poder de destruição dessa praga é assustador”, declarou a superintendente da EMATER/AL.

De acordo com informações da Adeal as culturas atacadas em Alagoas pela Helicoverpa armigera foram feijão, milho, pimentão e quiabo. Um levantamento do MAPA destaca ainda que existem relatos de mais de cem espécies de plantas que podem ser hospedeiras e atacadas pela Helicoverpa armigera, inclusive culturas comerciais, como soja, algodão e tomate, ocasionando grandes danos econômicos.

O presidente do FASA, que é secretário de Agricultura do Município de Campo Alegre, Leonardo Monteiro, destacou a falta de interesse dos gestores municipais da pasta pelo assunto. “Me preocupa o não envolvimento dos secretários no debate desse tema, em Campo Alegre por exemplo, não temos informações sobre a incidência da praga, mas estou monitorando para que não venha a acontecer, sabendo que é praticamente impossível evitar, já que no município vizinho, Limoeiro de Anadia, foi constatada a praga. Pelo que vimos ela pode trazer um prejuízo enorme a agricultura do município, que em sua maioria é familiar”, relatou o secretário municipal.

Durante o encontro foi anunciada a chegada do Projeto Caravana da Embrapa, no dia 11 de março, onde será feita uma apresentação sobre as características da praga e como proteger as culturas dessa ameaça. A reunião ocorrerá em Arapiraca, em local a definir. Devem ser convocados os gestores e extensionistas da EMATER/AL, além dos técnicos dos municípios do Agreste.

A reunião da AMA contou com a participação do superintendente do MAPA em Alagoas, Alay Correia, os pesquisadores da EMATER/AL Rousseau Campos e Noemia Schwartz, o gerente Regional do Agreste Eraldo Saturnino, o técnico do município de Junqueiro João Bosco e alguns secretários municipais de agricultura.

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