O economista e assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Edvaldo Brito, visitou a Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas, nesta sexta-feira (07), para esclarecer dúvidas de produtores que estão com problemas de endividamento rural. A visita foi solicitada à CNA pelo presidente da Faeal, Álvaro Aimeida.
Brito apresentou aos produtores as principais diretrizes da Lei nº 12.844 e suas restrições, que vem prejudicando milhares de produtores alagoanos. A legislação oferece facilidades para os agricultores quitarem seus débitos, mas como a lei beneficia apenas as regiões do semiárido ou consideradas de calamidade pública, 46 municípios alagoanos estão de fora das vantagens.
O consultor da CNA, que também ministrou uma palestra com produtores em Pão de Açúcar – sobre o mesmo assunto – afirmou que a situação dos produtores do Nordeste é muito difícil, mas o principal problema deles é a falta de transparência nas negociações. “Os agentes finenceiros não apresentam ao produtor os detalhes reais da dívida, repassam somente o saldo devedor. Os bancos também exigem o pagamento de honorários advocatícios, o que é ilegal”, disse.
Depois de reunir as demandas dos agricultores que tiveram problemas com as negociações, Edvaldo Brito levará as informações à sede do Banco do Nordeste, em Fortaleza, onde discutirá com os gestores financeiros a melhor forma de quitar as dívidas dos produtores.
O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, informa que os produtores que não esclareceram suas dúvidas com Edvaldo Brito, podem procurar a sede da Faeal. “O endividamento rural é um transtorno para todo produtor rural, por isso estamos de portas abertas para atendê-los”, disse Álvaro.
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