Em virtude do momento de crise que atinge o setor sucroenergético em Alagoas, produtores de cana de açúcar do município de Capela procuram novas alternativas que garantam a manutenção produtiva na região. O assunto foi discutido ontem (20), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal).
Durante o encontro, fornecedores de cana e produtores rurais apresentaram ao presidente da Faeal, Álvaro Almeida, a possibilidade de desenvolver a produção de milho nas propriedades. Segundo Álvaro Almeida, é preciso buscar uma saída para os produtores da região. “Podemos produzir eucalipto, desenvolver o cultivo de milho, ou outra solução para que os produtores não sejam pegos de surpresa e se prejudiquem mais do que já estão”, disse.
O pesquisador da Embrapa, Antonio Santiago, participou da discussão e falou do apoio que a Embrapa dará aos produtores. “Vamos levar para o grupo as tecnologias de manejo, aptidão do solo, indicação de cultivares e outras, para que os produtores produzam de forma eficiente. Hoje, o milho é um agronegócio que traz bom rendimento, mas é preciso que o agricultor se adeque a essas ferramentas”, frisou Santiago.
Hoje, a plantação de cana de açúcar predomina na região de Capela, mas os produtores vêm sofrendo dificuldades porque não estão recebendo devidamente o pagamento da matéria prima fornecida às usinas. Para buscar novas alternativas de produção, o presidente da Faeal ressaltou que a união dos produtores é fundamental nesse processo.
“É necessário que os produtores se organizem em uma nova visão de produção, mas também se unam ao cooperativismo e associativismo, porque com ideias organizadas é que eles conseguirão o melhor para a região”, concluiu Álvaro.
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