Ministro da Agricultura Antônio Andrade durante o lançamento da instrução normativa declarando Alagoas zona livre de aftosa com vacinação

Diego Barros/Secom

Os criadores de gado acreditam no fortalecimento da pecuária, após a assinatura da instrução normativa que garante a Alagoas o status sanitário de zona livre com vacinação para febre aftosa. A solenidade para assinatura foi realizada nesta sexta-feira (6), no Parque da Pecuária, em Maceió, com a presença do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, do governador Teotonio Vilela, outras autoridades políticas e lideranças do segmento produtivo.

Para o criador Hélio Costa, do povoado Capelinha, zona rural de Major Izidoro, o novo status pode melhorar o preço do leite e o valor dos animais, com a possibilidade de venda para os Estados que estão ao Sul de Alagoas, como Sergipe e Bahia, que já estão na zona livre com vacinação, além da região Sudeste.

Essa também é a certeza do criador José Simão dos Santos, também de Capelinha. Os dois foram vencedores no torneio leiteiro realizado na comunidade e esperam o fortalecimento da atividade e uma melhor valorização dos animais.

Segundo o criador Cícero Leite, da comunidade quilombola Cajá dos Negros, em Batalha, a zona livre com vacinação significa mais saúde para os animais. “A gente tem certeza que essa doença não vai chegar mais, a gente perde o medo da aftosa. O gado fica mais valorizado”, comentou Cícero Leite.

“A partir de agora ganhamos mais força, poderemos vender mais, participar de exposições e mostrar mais a importância da nossa atividade. Estava tudo travado, antes, e graças ao esforço de todos os órgãos, todos os produtores serão beneficiados”, afirmou o produtor Antônio Gérson da Silva, de Olho D’Água das Flores, que também acompanhou o evento nesta sexta-feira.

Durante a solenidade, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, em um discurso emocionado, destacou a criação do Comitê Gestor das Ações de Defesa Agropecuária e fez um relato histórico de como se iniciaram as ações para garantir ao Estado a zona livre.

“Muitos criadores foram prejudicados durante esses 14 anos por conta das barreiras sanitárias. Foi uma luta muito grande de todos eles, em parceria com os governos estadual e federal”, lembrou o presidente da Faeal, que falou em nome de todos os criadores alagoanos.