26/08/2013 9h16

Trabalhadores da cana pedem 15% de reajuste salarial durante encontro com a Fetag

Entre os assuntos abordados, está o pedido de reajuste de 15% sobre o salário atual da categoria, que é de R$ 698

Trabalhador da cana-de-açúcar espera melhor salário na safra 2013/2014

Assessoria

Agricultores rurais da zona canavieira do Estado, os assalariados rurais, participaram nesta terça e quarta-feira (20 e 21), junto com representantes de sindicatos rurais dos municípios, do Terceiro Encontro de Assalariados da Fetag-AL. O evento, promovido pela federação, teve o objetivo de levantar propostas para a convenção coletiva da categoria, que acontece todos os anos e define melhores condições de trabalho nos canaviais.

No evento, realizado no Centro Social da Fetag, os assalariados apresentaram a situação atual no campo, o dia a dia de trabalho nas lavouras de cana e debateram propostas que devam beneficiar os trabalhadores. Entre os assuntos abordados, está o pedido de reajuste de 15% sobre o salário atual da categoria, que é de R$ 698.

Além do reajuste, os assalariados devem levar para a classe patronal o pedido de R$ 30 de piso garantia, mais R$ 100 de cesta básica. “Queremos que o salário do trabalhador ultrapasse os 800 reais. No mês de janeiro, o valor do salário mínimo pode aumentar e equiparar-se ao valor pago aos trabalhadores. Por isso também vamos pedir na convenção coletiva 30 reais como garantia”, explicou Cícero Domingos, secretário de comunicação da Fetag.

As propostas debatidas no seminário serão novamente discutidas, desta vez em assembleias que serão realizadas simultaneamente pelos sindicatos dos municípios, no dia 22 de setembro. Após as assembleias, uma pauta de reivindicações será entregue à Fetag, que apresentará as propostas à classe patronal.

O secretário de assalariados da federação, Antonio Torres, destacou a participação dos agricultores no evento, e frisou que a reivindicação por condições dignas de trabalho e bons salários reforça a luta da categoria por melhorias. “Estamos saindo de um período de entressafra, e a situação do assalariado fica complicada, já que 90% dos trabalhadores da cana ficam desempregados. Por isso é importante que os agricultores estejam engajados nessas discussões, e que apresentem suas dificuldades”, disse Torres.

O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Barra de Santo Antonio, José Cícero de Araujo, destacou a participação da Fetag na negociação de salários para os assalariados do município. “Desde que começamos a realizar convenções coletivas, a situação dos trabalhadores melhorou. A nossa vontade é que tenhamos um salário razoável para atender a necessidade da categoria, e a Fetag vem contribuindo muito para o sucesso dessas discussões”, comentou Araujo.

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