29/08/2013 9h53

Degradação da pastagem é o principal entrave para a pecuária de corte e de leite, adverte professor

Professor da Embrapa de Corte alertou produtores rurais alagoanos sobre ‘Recuperação e manejo de pastagem como pré-requisito para obtenção de retorno’ na propriedade

Professor Armindo Kichel, da Embrapa de Corte, profere palestra para os pecuaristas alagoanos

Valdi Junior/VALOR MERCADO

A degradação da pastagem no campo brasileiro, em particular no Nordeste, é o principal entrave para o crescimento autossustentável da pecuária de corte e leite e aumento da rentabilidade da propriedade rural, declarou o professor Armindo Kichel, da Embrapa de Corte, nesta última quarta-feira, em palestra proferida para os produtores rurais alagoanos sobre ”Recuperação e manejo de pastagem, visando o incremento de rentabilidade”. O evento foi promovido em Maceió pela Arysta Life Science do Brasil e Semear.

Kichel disse que o produtor rural precisa primeiramente preocupar-se em investir na recuperação e na formação de constituição de boa pastagem para obter rápida e eficiente produtividade com o rebanho de corte e de gado. “Sai mais fácil e mais barato investir em herbicidas para controle das ervas daninhas invasoras e ao mesmo tempo aplicar adubação [quando necessária], do que gastar enormes cifras com a compra de concentrado e a formação de silagem”.

A formação de silagem, destacou o professor, requer gastos com mão de obra, o que hoje é um complicador a mais. Por quê?, indaga. Porque está muito difícil encontrar trabalhadores para o campo e, quando consegue, os mesmos cobram diária bastante elevada, o que  compromete a renda do produtor rural.

Entretanto, o produtor rural precisa está antenado às necessidades tecnológicas e mercadológicas. O campo precisa romper de um modo geral com dois conceitos atrasados e que ainda permeiam a atividade rural: “tradicionalismo e não funciona”. O “não funciona”  é perverso e é comum vir dos empregados e até da vizinhança que não apostam nas inovações e que ficam presos ao tradicionalismo, ou ao passado.

Demonstrando que a situação da pastagem brasileira é séria, o professor da Embrapa de Corte apresentou dados que comprovam tal: de uma área de 236 milhões de hectares agricultáveis, 212 milhões/ha são exploradas. Desse total, 172 milhões são pastagem, sendo que 90 milhões estão degradadas.

Uma coisa é certa, advertiu ele, é necessário ter boa pastagem e rebanho de genética comprovada para obter produtividade do rebanho e lucro na fazenda. Porém, a pastagem boa é essencial e vem em primeiro lugar nas demandas da fazenda. “Não adianta possuir rebanho de qualidade sem pastagem”.

O consultor técnico comercial da Arysta Life Science, Avelar Moura, destacou a palestra do professor da Embrapa de Corte como fator relevante para os pecuaristas alagoanos que tiveram a oportunidade de conhecer quais os problemas que afetam a margem de ganho da fazenda e ao mesmo tempo quais as alternativas para colocá-la na rota do desenvolvimento e da rentabilidade.

Mais uma vez, a Arysta Life Science e a Semear estão trabalhando em conjunto com o propósito de atender cada vez mais e melhor o homem do campo que vive do agronegócio.

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