09/07/2013 8h44

CPLA vai reabrir parque industrial da Camila em Batalha e beneficiar mais de 3 mil famílias da zona rural

Projeto de reabertura de indústria vai fornecer também apoio os criadores com a instalação de uma central de recria

Pequenos produtores rurais do Sertão serão beneficiados com a reabertura da Camila

A Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) vai reabrir um parque industrial na cidade de Batalha, que pertenceu à antiga Camila. A ideia é transformar a unidade no maior laticínio do Estado e implantar um projeto de cunho socioeconômico para beneficiar mais de 3 mil famílias da zona rural que vivem da produção de leite.

“Essas famílias serão fornecedoras de leite para a unidade, com compra garantida e preço justo. Por meio do projeto, também vamos fortalecer a produção, melhorar o rebanho, a nutrição animal, a gestão da propriedade, a estruturação das associações com o repasse de equipamentos e tanques para armazenagem do leite. Queremos que 500 famílias se tornem modelo para as demais. Mas não vamos fazer isso sozinhos. Estamos buscando o apoio do governo do Estado, da bancada federal e de entidades parceiras”, destacou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro.

Segundo ele, o apoio aos pequenos produtores de leite contará com assistência técnica e será nos moldes dos Programas Alagoas Mais Leite e Balde Cheio, coordenados pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) em parceria com diversas entidades que trabalham no segmento, como Sebrae/AL e Fundação Banco do Brasil.

“O governo do Estado apoia atividades que geram renda e que já fazem parte da vocação de cada lugar, como a pecuária de leite. Só o Programa do Leite compra a produção de cerca de 3 mil pequenos criadores, que estão organizados em associações e cooperativas. Com o Alagoas Mais Leite, fortalecemos a produção, estruturamos as associações”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior.

“Uma das novidades do nosso projeto será a instalação de uma central de recria, que vai receber as bezerras dos criadores. Nesse local, elas serão cuidadas até a idade adulta e, já prenhas ou em lactação, serão devolvidas aos donos. Com isso, eles reduzem os custos de produção e recebem o animal já numa fase em que vão ganhar dinheiro com a venda do leite. A central será mantida pela cooperativa e pelos criadores”, detalhou Aldemar Monteiro.

Competitividade

Sobre o parque industrial, ele disse que será um dos mais competitivos do Nordeste e terá diversos produtos com valor agregado, como leites especiais, queijos, manteigas e iogurtes. “A pecuária de leite é a atividade que mais gera renda no meio rural e a que mais emprega a família, pois não tem entressafra, é o ano todo. Queremos implantar um projeto sustentável para que o produtor não dependa tanto dos programas assistenciais”, assinalou Aldemar Monteiro.

O delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Alagoas, Gilberto Coutinho, frisou que o MDA será parceiro do projeto da CPLA, principalmente das ações que dizem respeito à assistência técnica e comercialização dos produtos por meio dos programas oficiais, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). “O que estiver ao nosso alcance, nós vamos apoiar”, salientou Coutinho.

Para o diretor técnico do Sebrae/AL, Ronaldo Moraes, o projeto tem tudo para dar certo, pois vai apoiar uma atividade que faz parte da vocação dos produtores e vai contar com a experiência de instituições que já fazem trabalhos voltados para a melhoria das condições de produção do leite, como a Seagri e o próprio Sebrae/AL, por meio do Balde Cheio.

Ainda segundo Aldemar Monteiro, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a bancada federal de Alagoas também serão parceiras do projeto, “pois entendem a importância da pecuária de leite para a economia do Estado e para a vida das famílias do campo”.

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