27/05/2013 11h35

Produtividade de arroz no Baixo São Francisco cresce mais de 100% e alcança 7,3 mil kg/ha

Além da boa produtividade, arroz colhido no perímetro de Boacica, em Igreja Nova, ainda apresenta boa qualidade

Cultivo de arroz no perímetro Boacica, no Baixo São Francisco

Assessoria

A produtividade média de arroz na região do Baixo São Francisco, em Alagoas, passou de 3 mil quilos por hectare para 7,3 mil quilos por hectare, nos últimos sete anos. Uma das causas apontadas para isso é a qualidade das sementes distribuídas pelo governo do Estado, por meio do Programa de Sementes, coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

Outro motivo é o trabalho de parceria desenvolvido pela Seagri, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Segundo o Anuário Brasileiro do Arroz, publicação especializada no assunto, na safra 2012/2013, a produtividade no Estado do Mato Grosso foi de 3,09 mil quilos de arroz por hectare, em Goiás foi de 2,85 mil quilos por hectare, enquanto em Alagoas foi de 6,8 mil quilos por hectare. “Além de quantidade, o arroz produzido aqui tem qualidade”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior.

Segundo ele, este ano o governo vai distribuir 160 mil quilos de sementes de arroz para os produtores da região do Baixo São Francisco, que inclui Porto Real do Colégio, Igreja Nova, Piaçabuçu e Penedo.

Conforme o pesquisador Carlos Magri Ferreira, da Embrapa, em depoimento ao Anuário Brasileiro do Arroz, a importância do fortalecimento da orizicultura fora do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, responsáveis por 73% da colheita brasileira, não está em seu impacto no abastecimento nacional, mas na relevância socioeconômica da atividade orizícola nas regiões envolvidas, com geração de renda e de empregos.

Além isso, em sua opinião, a distribuição da produção pelo território nacional é uma questão de segurança alimentar. “Pode-se considerar ainda que, quanto maior a estabilidade de oferta e de qualidade do arroz produzido nessas regiões, maior será a possibilidade de abertura de mercado internacional para o cereal brasileiro, tendo em vista que diminuirá a preocupação do governo em liberar a produção de regiões com maior possibilidade de exportação”, analisou Carlos Magri Ferreira.

Em Alagoas, além de outras ações, a Codevasf realiza a manutenção da infraestrutura de drenagem e irrigação de uso comum, a recuperação das estações de bombeamento do perímetro de Boacica, em Igreja Nova, e presta assistência técnica e extensão aos produtores de arroz. A Embrapa realiza, entre outros, trabalhos de análise e cuidados do solo e pesquisa agropecuária.

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