27/02/2013 23h27

Sindaçúcar busca em Brasília aumento na porcentagem do álcool na gasolina

Empresários alagoanos mantiveram conversas com o senador Renan Calheiros para facilitar o diálogo com o governo

Senador Renan Calheiros recebe no gabinete os representantes do Sindaçúcar/AL liderados pelo presidente Pedro Robério

Uma nova interlocução entre o setor de produção de biocombustível e o governo é o que pretende produtores de cana de açúcar e usineiros do Nordeste. Para facilitar o intercâmbio com autoridades governamentais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se dispôs a levar uma comitiva – que o visitava na manhã desta quarta-feira (27) – ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.

“Estou aqui na presidência do Senado para construir caminhos que possam resolver problemas que me são apresentados. Vamos trabalhar juntos”, garantiu Renan. Na reunião com o ministro, que será realizada ainda hoje, Pedro Robério de Melo Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas, afirmou durante a audiência com o presidente do Senado, que a necessidade do governo ouvir as demandas do setor, assim como as dificuldades acirradas com a intensa seca deste ano nos principais estados produtores de cana, é premente.

Pedro Robério relatou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que grande número dos produtores de cana está em recuperação judicial, e que, além das vicissitudes climáticas, ainda enfrenta uma nefasta política governamental para o biocombustível. “Dois dos grandes problemas do setor sucro-energético são os baixos preços do álcool e a baixa porcentagem de sua inclusão na gasolina”, afirmou. Para exemplificar ele disse que o preço do açúcar é hoje 24% mais baixo que o ano passado. Ademais, acrescentou, todo o setor está fragilizado.

Ele afirmou ainda que aprovação da MP 587, a ser analisada ainda hoje pela Comissão Mista do Congresso autorizando para a safra 2011/2012 o pagamento de valor adicional ao benefício Garantia-Safra e que amplia para o ano de 2012 o Auxílio Emergencial Financeiro, ameniza um pouco os problemas do setor, mas não os resolve. “Precisamos de uma atenção global, que leve em consideração desde os problemas climáticos, a política de preços dos combustíveis, passando pelo gerenciamento da Petrobrás. São esses os nossos grandes entraves”, afirmou.

Ainda durante a audiência, Renan Calheiros informou à comitiva que sua gestão na presidência da Casa será marcada pelo debate de grandes temas nacionais. “Estamos propondo mudanças no nosso regimento para permitir que o plenário da Casa analise, com a participação de expoentes da sociedade, as questões sobre as quais devemos deliberar. Com certeza, os problemas enfrentados pelo setor biocombustível terá toda nossa atenção”, disse Renan.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ainda que tão logo a MP 587 seja aprovada na Comissão Mista ela será colocada na pauta do plenário. De acordo com Pedro Robério, a aprovação da medida se importante para o setor sucro-energético é mais essencial ainda para os agricultores de Alagoas. A história do estado tem sua origem na atividade canavieira. Os primeiros engenhos de Alagoas foram fundados por Cristovão Lins, em meados do século XVI.

Depois disso, o barão de Vendesment, nascido na França, que veio tentar a sorte no Brasil, fundou a primeira usina, na região hoje conhecida como Atalaia, trazendo para o Brasil equipamentos importados da Europa para a produção do açúcar.

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