A vaca campeã produziu 24,6 litros de leite em um dia, o que, para o secretário Municipal de Agricultura de Piaçabuçu, Joaquim Eugênio, superou a expectativa. “Somos todos iniciantes na atividade, não usamos nenhum tipo de ração especial e, durante o torneio, os animais não ficaram num local totalmente adequado, o que vamos corrigir na próxima edição. Mas todos os resultados foram animadores”, comentou o secretário.

No primeiro dia do torneio, durante visita ao local, o secretário de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, também comentou a iniciativa. “Parabenizamos os produtores pela participação e acreditamos sim que a pecuária vai se firmar como uma oportunidade para geração de renda e qualificação dos produtores. O resultado disso será a formação de uma nova bacia leiteira no Estado”, afirmou Marinho.

Organizado pela Associação dos Produtores de Leite de Piaçabuçu (APLP), o torneio contou também com uma feira e uma exposição de produtos e serviços da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), agricultores assentados da Fazenda Paraíso, Cooperativa Pindorama, Plantel/Semex e Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri). Também foram realizadas palestras sobre pecuária de leite ministradas por técnicos da Seagri e da Semex.

Os três primeiros colocados no torneio receberam troféus, prêmios em dinheiro e ração, e todos os participantes receberam medalhas. “O mais importante foi expor a atividade, que está começando na região e se fortalecendo, se tornando mais profissional, com animais de boa genética”, afirmou o secretário municipal Joaquim Eugênio.

Formação da bacia leiteira
Os produtores da APLP estão incluídos no Programa Alagoas Mais Leite, coordenado pela Seagri, e já receberam um tanque de resfriamento de leite, um kit de inseminação artificial, capacitação em inseminação, kits de ordenha manual higiênica e assistência técnica. Outro tanque foi cedido pela Codevasf e a Cooperativa Pindorama garante a compra da produção de leite. Os criadores também participam de visitas técnicas, treinamentos e cursos.

“Toda essa rede de parcerias nos dá subsídios para que essa bacia leiteira cresça, seja fortalecida e dê resultados, como já está ocorrendo, melhorando a vida das famílias do campo e aumentando a produção de alimento. Dessa forma, elas continuam produzindo coco e arroz, pois são culturas que podem ser consorciadas”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior.

A Bacia Leiteira do Baixo São Francisco também deverá incluir agricultores de Junqueiro, Teotônio Vilela, Penedo e Igreja Nova.