Assessoria
Produtores de leite do Sertão de Alagoas estão no limite. A espera da chegada de ações de combate a uma das maiores estiagens enfrentadas pelo estado, produtores das comunidades Barreiras, Cajá dos Negros e outras, todas no município de Batalha, não sabem mais o que fazer. A Associação dos Produtores de Leite da Comunidade Barreiras, ligada a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), alerta para escassez total de água para o gado.

Localizada a 18 km da área central do município de Batalha, a Comunidade Barreiras, sofre há meses com a falta de chuvas. De acordo com Carlos Alberto Oliveira, representante dos produtores de leite da região, desde o decreto de emergência, publicado no inicio do ano, nenhuma política pública de auxilio chegou à comunidade.

“Estamos comprando água toda semana para termos como nos alimentar. Para manter o gado, buscamos água em um açude particular, distante 8 km da comunidade, sem contar que ficamos a mercê da boa vontade do dono da propriedade. Essa semana a nossa preocupação aumentou ainda mais, se não chover nos próximos dias a água do açude só dará para alimentar o gado por mais 40 dias no máximo”, relatou o agricultor familiar Carlos Alberto.

Além do aumento com os custos na produção de leite, com alimentação para o gado, o aumento no preço do feijão, arroz, farinha, alimentos de consumo humano têm afetado a renda das famílias da comunidade. “A cada 15 dias eu e meu pai gastamos R$ 150,00 na compra de um carro pipa para ter o que beber. Aqui na comunidade Barreiras ainda não chegou nenhum auxilio do governo em relação ao abastecimento de água, afinal sem água nada funciona”, contou.

A Cadeia do Leite em Alagoas é a segunda atividade agropecuária mais produtiva do estado, envolvendo mais de 3,5 mil produtores, que em sua maioria está instalado na região do Sertão alagoano.