11/07/2012 11h40

Simpósio da Agroindústria da Cana-de-açúcar em Maceió discute novas tecnologias

Setor sucroenergético movimenta R$ 3 bilhões por ano e gera 100 mil empregos

Usineiros e técnicos participam da palestra de abertura da Fersucro

Marayland Wanderley/Seagri

Representantes do governo do Estado e do setor produtivo abriram oficialmente nesta terça-feira (10), em Maceió, a 29ª edição do Simpósio da Agroindústria da Cana-de-açúcar e a 9ª Feira do Setor Sucroalcooleiro (Fersucro), que reúne empresários, produtores, pesquisadores, técnicos e gestores interessados no tema.

Os dois eventos acontecem simultaneamente no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, até a próxima sexta-feira (13). Em Alagoas, o setor canavieiro gera R$ 3 bilhões por ano, 100 mil empregos diretos, 300 mil indiretos e responde por 80% das exportações alagoanas.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, que na ocasião representou o governador Teotonio Vilela, o setor tem uma grande contribuição na economia e, por isso, tem recebido apoio do governo. “Em 2009, firmamos um convênio para apoiar os pequenos produtores de cana, que são quase 7 mil”, citou Marinho.

O convênio foi firmado por meio da Associação dos Produtores de Cana (Asplana) para aquisição de tratores, insumos agrícolas e pulverizadores. “Temos que destacar também que 60% das variedades de cana cultivadas no Brasil são oriundas de Alagoas, ou seja, fazem parte de material genético desenvolvido aqui, por meio da Ribesa-Ufal”, enfatizou o secretário.

“Com apoio do governador Teotonio Vilela, estamos articulando com a Embrapa a instalação no Estado de um centro de pesquisa, que vai atender principalmente as demandas dos pequenos produtores, que são maioria, geram renda e empregos para Alagoas”, narrou o secretário.

Ele também falou sobre outras iniciativas em parceria entre o governo e o setor canavieiro, como o Programa Alagoas Mais Peixe, por meio do qual açudes e barragens são utilizados para criação de peixes e geração de renda para trabalhadores do setor e agricultores familiares.

“Também tivemos o projeto Barriga Cheia, que permitiu a geração de alimento e renda para milhares de famílias. Nessa iniciativa, as áreas de renovação da cana são utilizadas pelos agricultores para plantio de feijão e milho, a partir de sementes doadas pela Seagri”, destacou José Marinho Júnior.

Numa iniciativa da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (Stab/Leste) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Simpósio e a Fersucro têm o apoio do governo do Estado, da Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool, do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal).

Durante a abertura, o presidente da Stab Leste, Cândido Carnaúba, e o presidente da Stab Nacional, José Paulo Stupiello, também afirmaram a importância do setor canavieiro para Alagoas. Eles ressaltaram que o Estado é destaque nacional na preservação e recuperação da mata ciliar e da mata Atlântica, na região da cana-de-açúcar, numa parceria com o Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA)

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