03/05/2012 16h32

Baixo preço do leite ameaça o Programa Social do Leite, adverte presidente da CPLA

Seca provoca queda no volume do leite e aumenta os custos com alimentação para o rebanho

 

Custo de leite aumenta com a escassez de alimentos provocada pela seca

A Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) mostrou preocupação esta semana, após uma reunião com pequenos agricultores do Sertão de Alagoas. A falta de chuvas que afeta a região da Bacia Leiteira do estado já reflete na produção de leite. No último mês foi registrada uma redução de 30% na produção da região.

Com a escassez do produto, atravessadores de laticínios de Pernambuco, por exemplo, chegam a pagar R$ 1,00 pelo litro do leite. Os pequenos produtores argumentam que com a seca, a alimentação do gado fica cada vez mais precária e os custos para manter a produção só aumentam. O Programa Social do Leite, do Ministério do Desenvolvimento Social, Governo Federal, remunera hoje com R$ 0,76 o produtor por litro de leite.

O diretor-presidente da cooperativa, Aldemar Monteiro, revelou que a unidade junto ao Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas de Alagoas (Sebrae/AL), já possui um estudo que mostram os custos reais da atividade pecuária. No levantamento, para que a produção leiteira seja viável o programa deveria remunerar o agricultor com R$ 0,95 o litro do leite. E o alimento beneficiado, valor repassado aos laticínios, ao custo de R$ 1,80 o litro. Hoje o programa remunera os laticínios em R$ 1,34 o litro.

“Estamos preocupados e correndo contra o tempo. Ainda essa semana devemos ter o estudo em mãos e de imediato vamos agendar uma audiência com o governador Teotonio Vilela Filho para pedir apoio nesse pleito. O governo estadual tem participação na gestão do programa. O Programa do Leite atende a 80 mil famílias que vivem em situação de risco social e beneficia cerca de 3 mil pequenos produtores em todo estado, e está ameaçado”, enfatizou Aldemar Monteiro.

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