G1
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado responsável por fixar os juros básicos da economia brasileira – atualmente em 9,5% ao ano –, se reúne nesta terça e quarta-feiras (26 e 27) e a expectativa do mercado financeiro é que a taxa suba 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano. A decisão do Copom sobre a taxa será anunciada pelo Banco Central na quarta-feira após as 18h.
A taxa, porém, foi atingida somente quando o BC afrouxou a política de juros para combater os efeitos da crise financeira em 2009, entre junho daquele ano e janeiro de 2010. Posteriormente, novamente por conta dos efeitos da segunda “onda” da crise financeira, os juros abaixo de 10% ao ano voltaram a ser registrados desde 7 março de 2012.
Metas de inflação
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem afirmado, porém, que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e novo recuo no ano de 2014.
Ao subir os juros neste momento, o Banco Central já está de olho no cenário para o ano que vem. Segundo economistas, em 2014 haverá uma pressão maior sobre os chamados “preços administrados” (ônibus interestaduais, energia elétrica, água, planos de saúde e telefonia, entre outros), visto que, neste ano, houve crescimento menor com a retenção de alguns reajustes – como as tarifas de ônibus. Outro componente que pode pressionar um pouco a inflação no fim deste ano e início de 2014 é o possível aumento no preço da gasolina.