Valdi Junior
O preço da farinha de mandioca é o novo vilão da inflação, em especial, na Região Nordeste. Motivo: a falta de chuvas prejudica o desenvolvimento da lavoura no campo, o que reduz drasticamente a produção e a oferta do produto no mercado.
O consumidor alagoano está começando a saber como diz na gíria: “quanto vale um saco de farinha”. Não o saco. Mas o quilo da farinha está sendo comercializado a R$ 6,00 a R$ 8,00 nas gôndolas dos supermercados e nas feiras livres. Um aumento de 200% nos últimos meses que acaba contribuindo para o aumento da inflação que, por sua vez, está se mantendo resistente. [Não faz muito tempo que o quilo da farinha custava R$ 2,00].
E a tendência é subir ou mesmo faltar farinha no mercado, uma vez que é um produto tipicamente regional. Talvez não falte porque as fábricas locais devem importar o produto do Sul.
Outro vilão que tem assustado o consumidor é o tomate. O quilo do tomate em alguns supermercados da capital alagoana custa R$ 8,00.
Quanto à inflação está resistindo as medidas adotadas pelo Governo Federal. Já superou a meta do ano, acima de 6,5%/ano, o que tem levado a presidente Dilma Roussef [mesmo contrariada] a anunciar aumento da taxa de juros na próxima reunião do Copom.