Em Maceió, o artista Pedro Cabral realiza primeira exposição individual, no período de 8 de outubro a 6 de novembro, na galeria Fernando Lopes (Cesmac), à rua Cônego Machado, s/n, bairro do Farol. Cabral, 59, afirma que as 50 telas que formarão a mostra – batizada “Razões do Coração” – fazem uma retrospectiva dos 20 anos que ele dedicou a um processo de estudos, leituras, visitas a museus, que afinal foi moldando técnicas e conceitos. O artista – que é, também, arquiteto e professor de Arquitetura na Ufal – apresenta uma obra madura, que ele diz seguir os princípios do fauvismo, movimento que durou apenas um ano na França, entre 1905 e 1906, e cujo maior expoente foi Henri Matisse (1869-1954).
“As cores dos fauvistas eram alegres”, diz Cabral. “Eles foram para o sul da França para procurar o sol. Nós estamos no Nordeste, temos esse sol, a luz, as cores. Eu só não sigo neles a questão do paradigma da perspectiva, da coisa mais real, que eles quebraram. Queriam fugir disso e usavam cores fortes – por isso foram chamados de ‘selvagens’, fauvistas. Mas as cores primárias, para mim, são alegres. O Gauguin, com aquelas cores dele, é muito vibrante para mim, muito alegre – do sol. Então eu disse para mim, ‘bem, vou me assentar por aqui’. Mas não seguindo in totum o fauvismo, pegando um pouquinho de cada coisa: Picasso, Monet, embora não me considere um fauvista. Numa escala de 1 a 10, estou no 3 dessa coisa aí.”
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